sábado, 29 de dezembro de 2007

Mafuá do Malungo

Temístocles
A aranha morde. A graça arranha
e vale o gládio nu de Têmis.
Logo se vê que tu não temes,
Temístocles da Graça Aranha.

Manuel Bandeira



pensei um dia
escrever versos no toldo
armado das tartarugas
como meio de
um possível meio
de incentivar a arte
a seguir em frente,
pintaria de muitas cores
a composição de todas as letras
no caminho,
traçaria linhas de sonhos
pulverizando as ruas desertas
os versos,
pulsariam a cada
temeroso passo
talvez ficassem contentes
as fadas que por ali
len
ta
men
te
passassem

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Que eu possa fazer o que optei, sem interferências, sem invejas, sem falsidades. Que eu sirva de inspiração aos meus inimigos, para que sigam suas buscas em seus caminhos pela paz. Que em mim, busquem a alegria, o brilho, a coragem e o incentivo sem absolutamente NADA pedir. Que aqueles que fizeram algum mal para prejudicar-me, saibam que há muito já os perdoei e que diariamente rezo por eles. Que meus irmãos nunca esqueçam que devemos SEMPRE contribuir para seu crescimento, sem maldade, raiva, vingança, dor, inveja ou ressentimentos. Precisando de minha simples amizade, contribua para merecê-la, respeitando-me. Somente assim seremos todos menos "desgraçados". Obrigada por me ler.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Para Heloisa Buarque de Hollanda, é impossível pensar a produção cultural neste início de século sem analisar as novas articulações da cultura com a economia e com a questão social. Para ela, é urgente a necessidade de se buscar novos paradigmas para pensar a cultura, criando instrumentos para renovar os métodos de avaliação crítica. "Por toda parte, emergem novos territórios culturais, diversas dinâmicas de criação. Isso sinaliza uma alteração na função social da arte e a definitiva entrada da produção cultural no mercado. É preciso examinar estes fenômenos como geradores de emprego, de inclusão social e relacionados às questões da cidadania, por exemplo".

Há que se repensar na relação entre as atividades artísticas e a nova realidade econômica e social deste século.

Fonte: Site Portal Literal - Especial: Um olhar diferenciado sobre a Literatura -Cultura e Desenvolvimento em Debate/ Elisabeth Sucupira
"Leio muita POESIA porque me abastece pelo aspecto musical. Poesia é a palavra em estado musical. Escrevo ficção assim, são pulsões rítmicas. Não sou um narrador propriamente dito, sou um autor que vive o corpo-a-corpo com a cidade".

Trechos da entrevista a Caren Mello do escritor João Noll - Literatura como Salvação - Revista Arquipélago nº 2 / IEL

...a minha ética está em me sentir responsável por estes seres que eu emito no papel...

Noll declara ainda:" O que todos querem eu também quero".
Ficcionista, descreve-se como um sujeito comum. Sua narrativa baseia-se em conflitos internos e frustrações humanas.

"Os autores que me interessam não são esses que exigem sem serem chatos"

A LITERATURA consome muito tempo mas o importante é "estar sozinho mas muito aberto para novos fluídos". Ela é um pouco de fazer a transcendência ser extraída da própria materialidade.

...solitário, possuidor de um lado muito jovem, sente falta do "movimento social"




sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Para um bom início...
Escritor, Poeta paranaense Jamil Snege
"O poeta que humanizava seu texto neutralizando as arrogâncias"

Senhor, as reflexões-orações
(na véspera da nova década)

Hoje amanheci insatisfeito.
O pão estava amargo
E até o jornal que leio todos os dias
me pareceu de uma insipidez atroz.
De repente, Senhor, lembrei-me
dos que não lêem jornais - mas
o usam para embrulhar
restos de pão que os paladares amargos
deixam no prato após uma noite insatisfeita.
Como deve ser delicioso
esse pão, Senhor,
depois que tu o adoças com sua própria boca!

"Sou influenciado por aquilo que inventei"
Jamil Snege

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Só fica de pé
quem tem coragem
de ficar de joelhos!
Hoje, faz 2 anos que nos deixou PAULO HECKER

em matéria do jornal VAIA - dezembro de 2005 - escrita por SIDNEI SCHNEIDER, registro aqui uma feliz passagem...

"...não há modo, de escrevendo, alguém passar pelo que não é, já que escrever revela o autor para si mesmo"...

Linda matéria do SIDNEI, grande beijo ao HECKER

VIVA AO VAIA!

domingo, 9 de dezembro de 2007

De: EL DISCRETO - Baltasar Gracián (amplamente criticado/admirado por J. L. Borges):
"quando escrevemos, o importante é pensar no destinatário, pois num banquete, é necessário satisfazer o gosto dos convidados, não dos cozinheiros".

...comparando a erudição do séc. XVII com a situação retórica de hoje, podemos dizer que não há fast-food em textos de intenção persuasiva, cada prato deve ser preparado à vista do freguês, com os ingredientes do momento!
do livro: Português para Convencer
Túlio Martins e Claudio Moreno - Ática Editora

"Moramos numa ilhota de grata ignorância, circundados pelas negras águas do infinito, e não nos está predestinado empreender longas travessias".
H. P. Lovecraft
Para mim,
nada é mais importante
que estar na presença de verdadeiros amigos
que influenciando-me
impulsionam-me a crescer.
O resto é pura sobrevivência!
Maira Knop

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007


"Eu acho
que os jovens
são facilmente infelizes
porque,
é claro,
as paixões são mais fortes e,
entre as paixões,
está
o
desespero,
não
é
? "
Jorge Luis Borges

sábado, 1 de dezembro de 2007

à noite
cheiro de queimada
incenso da madrugada

Maira Knop
Receita light
duas colheres
de pó de arroz

Maira Knop
as pálpebras da noite
fecham-se
sem ruído

Rogério Martins
A poesia é algo tão íntimo que não pode ser definida. Jorge Luis Borges
A poesia é algo tão íntimo quanto suas partes.
Maira Knop
Parece-me fácil viver
sem Ódio,
coisa que nunca senti,
mas viver
sem Amor
acho impossível
Jorge Luis Borges
DIGESTIVO CULTURAL
ENTREVISTAS
Segunda-feira, 5/11/2007
Diogo Mainardi por Julio Daio Borges

'O Nélson Rodrigues dizia que todo escritor se falsifica ao infinito...???? Será?'

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Inquilinos

O sonho reside em nós. Vizinho da realidade habita as profundezas de nosso solitário exílio. Beirando certo e errado, não raras vezes tropeça. Quase exíme-se. Oculta então fagulhas de seu brilho, sua intensidade. Vez que outra, em visita aos porões, amadurece buscando de suas pegajosas paredes desprender-se. Mas em todo porão há fendas. Agrupamentos de átomos em organização. Misturando-se em poções iguais as partes, obtemos então a valência do sonho que cintila ao deparar-se com a transparência da superfície do sótão.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

disseram que veio para ser amada
criança levada
saia já debaixo da mesa

sábado, 24 de novembro de 2007

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Não julgue meus escritos. Leia-os. Não tenho intenções de ser catalogada, etiquetada, rotulada. Meus escritos sou eu declarada. Escrevo em prosa escrevo em verso qualquer gênero do universo. Faço textos, invento o meio, leio. Escrevo conto, poesia, enriqueço assim o teu dia. Não julgue meus escritos. Leia-os. Meus dizeres são humildes mensagens. Sem maquiagens. Os conselhos, introduzo no meio. Depois aprimoro os detalhes e os coloco no formato certinho. Sigo assim meus próprios modêlos. Não julgue meus escritos, leia-os. Trago no que escrevo elementos de meu ser, pura expectoração de guerras, lutas, de estímulos, de absorção. Pretendo hidratar teus olhos, tornar elástica tua visão. Não me julgues. Leia-me então. Não tenciono ser símbolo mas ministrar minhas idéias na individualidade de tuas leituras. Nelas, vou além. Não pense então será isso ou aquilo? Sou tão eu quando escrevo que escrevendo às vezes, ao me ler, me desconheço. Não pense então se vale a pena me ler. Leia-me.
...enquanto o poema não termina
a rima é como uma esperança...

Mário Quintana

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Importância do escritor:

Capaz de fazer
com que pessoas de todos
os níveis sociais,
credos, crenças e religiões,
de todas as cores e línguas
e qualquer lugar ou país
"tenham algo em comum"
Ref: LIVRO
PÁTRIA SOMOS TODOS - Paulo Paim
Senado Federal
Feira do Livro 2007
...de que adianta o Brasil crescer
se não distribui a seus trabalhadores
os frutos desse crescimento?
Getúlio Vargas
O livro Pátria Somos Todos
é um grito de amor ao
Rio Grande do Sul
..."era um grito preso em minha garganta"...
ouça o autor
Parabéns Paim pelo teu exemplar livro!

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

S A B E DORIA
é
escutar
o que
os livros
me dizem

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Prêmio AGEs Livro do Ano 2007:

POESIA - O herói desvalido, de Maria Carpi, editora Bertrand Brasil
NARRATIVA LONGA - Por que sou gorda, mamãe?, de Cíntia Moscovich, edidora Record
JUVENIL - A deus conto de fada, de Leonardo Brasiliense, editora 7 Letras
INFANTIL- A almofada que não dava tchau, de Celso Gutfreind, editora Artes e Ofícios
CRÔNICAS - O amor esquece de começar, de Fabrício Carpinejar, editora Bertrand Brasil
NÃO-FICÇÃO - O crepúsculo da arrogância, de Sergio Faraco, editora L&PM
CONTOS - Transversais do tempo, de Tailor Diniz, editora Bertrand Brasil


Luiz Paulo Faccioli & equipe
Jayme Copstein – Coletiva Net

Um pouco da Feira do Livro...

...e aí fica a sugestão à Câmara Rio-Grandense do Livro: cursos para livreiros, com a colaboração do Sebrae, não só sazonalmente para a Feira, mas em caráter permanente.

Com exceção da Cultura, de livreiros mais antigos e de alguns jovens antiquários, o panorama é desolador.

Mesmo incluindo outras grandes redes nacionais, os atendentes não fazem questão de demonstrar que sabem a diferença entre um livro e uma cueca.

O presidente da Câmara, Waldir da Silveira, e o vice, Tuchaua Pereira Rodrigues, são dois gentlemen, tanto quanto o foram os pioneiros daquela “feirinha” de 1955.
Seu amor pelos livros é patrimônio pessoal. O de Waldir, adquirido em longo aprendizado, pois ingressou na área ainda praticamente um menino. O de Tuchaua é o DNA do pai livreiro.

A diferença entre 1955 e 2007 é de proporções.

O Edegardo Xavier e o Manoel Martins (os dois podem testemunhar), Ernani Nerva, Mário Lima, Maurício Rosenblatt, Leopoldo e Nelson Böck e mais Sétimo Luizelli só tinham as suas próprias barracas para cuidar. Havia apenas meia dúzia de jornalistas a atender e sabiam quem eram e a quais veículos pertenciam. Os jornais já eram poucos, não havia cobertura das emissoras de rádio e a tevê sequer existia em Porto Alegre.

Hoje, as 160 barracas se distribuem por área superior a vários estádios de futebol. Contados desde os montadores da estrutura aos autores em sessões de autógrafos e palestrantes em mesas redondas, Waldir e Tuchaua precisam dar atenção ao trabalho de mais de duas mil pessoas (o equivalente à população de muitos municípios brasileiros), a maior parte das quais faz sua estréia na Feira a cada realização.

Há equívocos de logística,

...escritores reclamam perdido, quando o palanque de autógrafos, foi deslocado do centro da Praça da Alfândega, porque ali já não comportava mais o crescimento do número de autores que lançam seus livros na Feira. (inda bem)

O único conflito, se é que se pode chamar assim, sequer é material.

Fermenta-se na grosseria de alguns, diante da reivindicação dos escritores, para que lhes seja devolvido o espaço...

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...o velho problema da falta de compreensão e sensibilidade...
quando houver uma sinergia, uma perfeita forma humana de comunicação entre as partes, aí sim, iremos realmente pra frente em termos de aperfeiçoamento...
quando será que haverá esta sintonia de interesses? Quando será que ambas as partes de um processo sentir-se-ão plenamente satisfeitas? Quando será que as pessoas aprenderão como devem negociar humanamente? Quando estaremos satisfeitos?

Sob outro aspecto, fica aí a sugestão de leitura:
A FEIRA DA GENTE – Walter Galvani
Belíssimo livro editado pela Câmara Rio-Grandense do Livro
50 anos de história e magia da Feira...

Parabéns Galvani pelo maravilhoso presente que ofertastes ao povo gaúcho!
Admirável Paixão!

domingo, 4 de novembro de 2007

Adriana Deffenti
...sua voz, eco de novos corações!

terça-feira, 30 de outubro de 2007

GRATIFICANTE o que o Carpinejar me passou na Oficina sobre POESIA CRIATIVA
uma palinha:
...se o texto é nosso corpo
nós não vamos nos amputar!

...a POESIA precisa de + velocidade que a PROSA
...o POEMA é bom quando o leitor, ao lê-lo, fica em silêncio!

o resto é segredo

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Muito legal ontem no CCCEV - Auditório Barbosa Lessa
ter assistido ao Paulo Scott, Chacal e A Lavanderia Psicodélica de Charlie Chan

O Chacal é a materialização da ARTE no POEMA
A D O R E I

Gostei de ter encontrado o pessoal de TEIA da POESIA...

Saudades do nosso PORTO!
Que para 2008, nossa POESIA já esteja atracada no CAIS!
Micronarrativa:
Fez da musa uma grande mulher. Profissional, anúncios na TV. A traz quando quer. Atrasos sempre ferem. Atrás dela,

você.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Meus olhos acompanham a procissão das formigas.
Sinto cócegas!



"guardo tantos, tantos, mas tantos sonhos
sob o travesseiro
que acredito precisar de outras penas"
Anúncio imobiliário:
Olhos, sob o abrigo da luz
duas vagas


P s i u !
não acorde as letras que dormem
debaixo da caneta
são letras de rua!

Uma silenciadora poesia:
M U D E Z !
pause nos versos



Ah, esse modo de
repensar valores
superar distanciamentos
correr riscos
dramatizar fazendo cena
este jeito
de olhar pensado
imaginando o brilho
e com dizeres
de puro conflito
expor um furacão de idéias
transforma meu dia-a-dia em doce-azedo
e o que mais me irrita
é que descabela-me

Um assunto de interesse?
a vida dos outros!
um interesse?
outros!




SIMBOLISMO
Sinal-da-cruz




Micronarrativa:
No parque uma jovem
predominantemente magra
procurava alegria. Voou cedo.

Poesia:
Na escola
odiava ser contrariada
seu lanche comia
incessantelentamente.
Saboreava Whiskas



un bacio affetuoso
buona lettura





quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Poesias são
palavras em ebulição
na fervuras de letras
a poesia incandescente
é então
PALAVRÃO ?

domingo, 21 de outubro de 2007

...quando minha criança escreve:

UMA BAGUNÇA LITERÁRIA

-Conta aquela história, conta – insistia Marú.
-Que história? Perguntou Lia.
-Aquela do indiozinho que adorava escrever mas trocava as palavras. Ela é tão divertida.
Uma história sempre será interessante e divertida por ser a criativa versão de seu autor. Vamos combinar o seguinte: Primeiramente precisamos terminar de arrumar estes livros. Vou deixar separado o que você me pediu.
-Qual é mesmo o nome do livro?
-Na trilha das letras.
-Ah, aqui está.
Lia o colocou sobre a mesa para que não se misturasse aos demais. Depois, pediu à Marú que procurasse alguns personagens que haviam escapado de um livro de contos que, aberto sobre a mesa, esperava para ser lido. Às vezes alguns personagens cansavam-se de seus cenários e faziam-se ausentes. Saíam por aí a planar, sem lenço nem documento... Certa vez ao recebermos uma especial encomenda de livros de ficção, passamos horas atrás de alguns e teve outros que resistiram em voltar. Fantasmas e suas sombras. Ninguém percebia suas travessuras mas eu as via. Talvez fosse esta a razão do meu apego aos livros. Desde a infância conhecia as histórias e podia, quando bem quisesse, sair do trilho das linhas e dividir, por exemplo, com alguns personagens certas travessuras. Na verdade, Marú também sabia, apenas mantínhamos segredo. Através deste estranho poder passávamos horas neste mágico envolvimento. Os livros não nasceram exatamente como são. Quer dizer, são como são, mas se ampliarmos nossa imaginação, podemos do nosso modo lê-los. Ouso contar que no livro dos três porquinhos, não era o lobo quem batia às suas portas. Era o Dunga, um dos sete anões. Estava vendendo os ovos da galinha de ouro. É que estava desempregado o coitado. Precisava arranjar dinheiro para alimentar seus manos. Os ovos tinham sido presente de Ali Babá. Estavam guardados na caverna mágica de Mustafá. Secretamente guardados. Num belo dia, Ali Babá encontrou este esconderijo. Como o lugar era muito escuro e ele estava faminto, tateando encontrou o que pensava serem ovos e os levou consigo. Claro que achou-os diferentes, pareciam mais pesados mas mesmo assim levou-os. Em casa, ficou surpreso ao vê-los e resolveu guardá-los. Certa manhã bateu-lhe à porta o Conde de Monte Cristo. Ao convidá-lo a entrar, bondoso que era, e estando de posse da poderosa esmeralda, Ali mostrou-lhe os ovos e ele os fez triplicar inúmeras vezes. Na aldeia acontecia um grande festival e Ali Babá encontrou aí uma excelente oportunidade de presentear amigos e colegas. Pudera. O que iria fazer com todos aqueles ovos de ouro? Na festa, entre tantos famosos personagens, encontrava-se Gessler, governador da Suíça, aquele malvado do livro do Guilherme Tell. Com o intuito de aumentar ainda mais seu poder, queria de Ali Babá tomar os ovos. Este, tentou até convencê-lo a trocar alguns pela maçã que seria usada sobre a cabeça de Christian, mas não houve jeito. A estas alturas você já deve estar imaginando aonde vai parar esta confusão.
-Vou procurar alguém para lhe ajudar – disse a polegarzinha. Pediu carona ao porco Percival e foi ter com o Gato de Botas. Ao encontrá-lo, fez a ele a seguinte proposta: Precisava de sua ajuda para convencer Aladim a trocar a lâmpada mágica por alguns ovos, desse modo, poderiam invocar o Gênio e como desejo, pediriam a ele que fizesse Gessler desaparecer. Foi o que fizeram. Quando voltavam para a animação da festa encontraram a Menina dos Fósforos, Branca de Neve e Cinderela. Uma abóbora foi ofertada a Ali e trocada por ovos. Igualmente foi entregue a ele uma caixa especial de fósforos. Branca de Neve teve mais sorte pois além de ganhar os ovos ainda levou de brinde a maçã que seria usada por Gessler, colocando imediatamente a sua fora por estar envenenada. Esta sua atitude deixou a bruxa furiosa. Indignada, bateu o pé no chão com tamanha violência que acabou transformada em um pequenino coelho. Chapeuzinho Vermelho queria muito estar ali, mas desculpou-se enviando um e-mail. Tinha compromisso marcado com Rapunzel que se casaria em breve e ainda precisava fazer duas provas do vestido no Pequeno Alfaiate. Diante de toda esta trapalhada, ficou bastante difícil para Lia e Marú colocarem os livros em ordem, sem contar que Lia ainda devia cumprir o prometido. Acabadas as tarefas, Lia teve que recolher todas as pedrinhas brancas de uma longa trilha. É que para ouvir aquela inesquecível história, estavam sentados com Marú e Lia, ninguém mais que João e Maria.

sábado, 20 de outubro de 2007

"O autor está convencido de que é uma tarefa do pintor
criticar os erros e vícios humanos
da mesma maneira que o fazem a poesia e a prosa."

Goya

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

"escrevo pelo prazer e pela necessidade de responder a indagações que a vida me coloca, e não para entrar na história da literatura".

FERREIRA GULLAR
...REFLITA COM CUIDADO:
haveria espaço para tantos "ILUMI/IMENSOS" por aqui?
...teríamos que reformular o mundo???
SOLIDÃO: CONTÉM GLÚTEN
do A v e ss o
nascem teimosamente
meus versos
T í m i d o s
destorcem um pouco de mim
...Porque orar sobre o Belo é mais o caminho de saber que o que escrevo não relatará jamais o que tuas mãos versejam sobre o meu corpo e morrem – exatas – no meu sexo.

- do livro, inédito, CONFESSIONÁRIO – Diálogos entre a Prosa e a Poesia, 2006 / 2007.http://recantodasletras.uol.com.br/prosapoetica/693419

Joaquim Moncks

...sem palavras...apenas o que permanece em nós após boas leituras...

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Sobre "BELEZA E FEIÚRA" Moacyr Scliar - domingo 14 de outubro

A Associação Internacional dos Feios, fundada na Itália em 1879 com o nome de "CLUB DEI BRUTTI" possui cerca de 20 mil membros em todo o mundo. Seu lema: "A pessoa é aquilo que é e não aquilo que parece", eu ainda acrescentaria: nem o que "tenta" parecer...será que tem gaúchos no cadastro?
BELEZA É OBSESSÃO!
SUA INCESSANTE BUSCA, UMA LASTIMÁVEL DOENÇA!
(...E MAIS DA METADE DO MUNDO SE BENEFICIA COM ISSO)...êta mundão!
ME CONHECENDO...

Não temo nada nem ninguém
perdoo, mas não esqueço decepções
adoro dançar e sei que pra isso são necessários 2
desmaio por um galanteio
adoro agradar
sei quais músculos devo distender e quais retesar
meus companheiros tem que ter energia
um erro?...querer ser a "capitã" do time
amo ajudar
ainda sonho colorido
perco o interesse quando descubro que estão programando coisas para me agradar
mesmo em silêncio mantenho-me "acesa"
não sei ser sutil
dizem que sou elemento de influência
se for me atrapalhar, desista! meu santo é forte
vim para marcar o mundo com minha presença e o faça na minha velocvidade
sou uma eterna estudante
possuo extraordinário poder de observação para detalhes
sou indefinivelmente romântica
sou perita em perceber o estado em que meus amigos encontram-se e minha sincera intenção é animá-los
sou uma sensível pacificadora
se me pedirem para fazer algo com o qual não concordo, caio fora
gosto de deixar os outros à vontade
coleciono objetos amados
poucos ouvem melhor que eu
outras religiões são boas mas nada me dizem se não for a minha
NUNCA minta pra mim
se souber me dizer o que quero ouvir serei sua pra sempre
conservar a calma é meu LEMA!
devagar e sempre, também
fico irritada com histéricos(as), apressados(as) e estressados(as)
minhas idéias são ilimitadas e estão todas guardadas
minha energia é VERDADEIRA
tenho instintos para a POESIA
prefiro a noite ao dia
já ouvi dizer que sou capaz de "inspirar"
desprezo quem não respeita
sou do clube das mulheres sorridentes
me afasto dos sem energia que vivem controlando calorias
as palavras que mais gosto: "muito obrigada"
interesses culturais são meu maior tesouro
o que atiça minha felicidade?

AS SURPRESAS
mesmo em silêncio, tens meu apoio
adoraria dourar a realidade
não adianta me cutucar: EU SOU DO BEM!
uma falta no mundo: AMOR VERDADEIRO!


domingo, 14 de outubro de 2007

NÃO POSSO ACEITAR PORTO ALEGRE SEM POEMAS!
Em meio a tantas dificuldades o convite veio. PORTO POESIA três dias do mais importante evento. Lindo, competente, perfeito. Os espaços ocupados por responsáveis talentos.
Ah, a poesia nos seus mais variados suportes... quem esteve presente agradou-se, agradeceu.
Posso dizer o que penso? ...Gostei!
Foram importantes os aprendizados, os contatos, a alegria e seriedade do encontro. Havia gente querendo estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. E a casa encheu-se de tanta POESIA!
Foi a maior alegria.Tenho esta tendência de me doar para o que amo e o
PORTO POESIA foi a mais pura irreverência.
Quero mais...
poesia cantada, palestrada, declamada, interpretada...
quero a P O E S I A “ v a l o r i z a d a”!
...Só me resta lastimar pelos que se fizeram ausentes e agradecer sinceramente aos organizadores, batalhadores e incentivadores do evento.
Que a POESIA se faça presentemente necessária
d i a r i a m e n t e !
Que as artes criativas sirvam para além de educar, de ensinar...
domar corações e mentes.
Que em nossa cidade, em nosso meio, sempre hajam Celsos, Sidneis, Degrazias, Starostas, Jaimes, Beatrizes, Piratas... que não nos faltem “guerreiros”!

Quanto aos poETs, que tragam ano que vêm visitantes, curiosos e adoradores de outros mundos também!
Que o movimento provoque uma avalanche de ondas...de águas
claras consciências...marolas de poesia em nosso pensar literário!
Abraços à todos e meu sincero agradecimento,
Já aguardo ansiosa o PORTO POESIA II

Maira Knop
Relações Públicas/Poeta
Porto Alegre, outubro de 2007
ONDE ESTÁ O AMOR?
No sorriso, no choro, na gargalhada
o amor oculta-se na impossibilidade declarada

está na linguagem dos burgueses
nos ouvidos das empregadas

ele é a surpresa
desejadamente inesperada

está nas entrelinhas
da realidade fantasiada

O amor é aquele que mesmo indo
banido e afastado
jamais deixará de voltar

reside na espera
permanece no afastar
perpetuando-se na chegada

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

P O R
T O
P O
E
S I A


"não há nada mais lindo que várias pessoas unidas por um mesmo fim"
...é como se todos fossem apenas um...
até que enfim,
a vez da Poesia!!!
Poetas guerreiros lutando pelo espaço
e reconhecido direito de serem sensíveis
em mundo de puro concreto.
Parabéns à galera...
aos organizadores meu beijo no coração...
aos parceiros, minhas mãos...
e aos Porto-alegrenses: o melhor de nós!

Grande beijo aos poetartistas

domingo, 26 de agosto de 2007

Sou
amigapaixonada
por nossos músicos!
O James Liberato disse:
"Nós temos energia
para iluminar
os caminhos da Arte"
maravilha!!!!...assino aqui!

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

No calendário do poeta
os dias são sonhos!
...os versos mais lindos que já li até hoje:


Como todo oceano se resume numa gota
todas as mulheres se resumem em você
os poETS

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O
h u m o r
é uma forma avançada
de filo
so
fia

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

...Sempre guardo o que me faz bem!

oi Maira, sem problema algum. não me importo que brinques com o poema. é a tua maneira de ver a coisa. particularmente ainda prefiro a forma original. como estou sem o livro, só amanhã vou saber que poemas estão nas páginas 110 e 112 e que gostastes bastante. risos. fico feliz por teres curtido
O Fundo do Ar. valeu querida! um beijo. Ale

sobre o teu book:
...
quando li a orelha quis a nuca
quando li o primeiro
flutuei
depois de ler o terceiro,
nem sei
...
huahauhhauhauah

Alexandre, li tudiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinho. É maravilhoso teu trabalho. Poesia "inteligente"!!!!! Sabe a que + gostei? Foram várias... Palavras que nos levam a pensar. Muito legal.

Posso brincar com teu poema da página 60?
eu escreveria assim:

essa pequena
é tão
GRANDE
que não cabe dentro dela

t e m q u e s a i r p e l a j a n e l a

como os olhos do vento
que todo mundo sente
mas quase ninguém
V

não vai ficar bravo...foi só uma louca idéia que tive.
Agora falando sério. A que AMEI foi a da pág.110

LINDA!
E A DA PÁG. 112 é uma grande sacada tua. Parabéns.

Um super abraço da amiga e aprendiz
NÃO DEIXEM DE LER ESTA MARAVILHOSA OBRA DO POETA, MÚSICO E AMIGO ALEXANDRE BRITO

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Sobre Confrarias...
Não faço parte da Confraria do Bulldog Inglês nem da Confraria do Charuto. Tampouco sou integrante da Off-road. Fora também estou do Clube do Bolinha, Confraria Le Bon Gourmet da qual faz parte nosso querido Luis Fernando Verissimo que por não cozinhar diz-se "sócio-atleta". Paixões em comum, cultivar hobbies, abordar temas, hábitos, tendências... fazer novos amigos são alguns dos interesses de seus membros. Ainda bem que não estou fora do mundo. Faço parte da
CONFRARIA DOS POETAS
e esta sem dúvida, para mim, é a
MELHOR TRIBO DO MUNDO!

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Sobre o Marcelo da Cunha,

Venho para te dizer que é muito legal ver uma turma de pirralhos brigando na Biblioteca do colégio Sta Inês para retirarem teus livros para ler.
Fico feliz por isto e lisonjeada por te conhecer.
Meu carinho de hoje:

o site da Abrali está maravilhoso com novas atualizações. Confiram: www.abrali.com.br


foi neste site que li uma frase maravilhosa...
Busque sempre pessoas "nutritivas"

a outra coisa que li e adorei foi a matéria (Diário de Canoas - dia 29/06) sobre o trabalho que nosso grande poeta Ricardo Silvestrin (integrante dos PoETs) desenvolveu (divulgação do seu livro É tudo Invenção) junto às crianças da Escola Municipal Ruy Cirne Lima em Canoas. Exemplo pra todos nós. Maravilha.
...gostei também da mensagem que o poeta Antônio Tróis Filho (Tonito), autor do livro À procura de Deus e do outro, declarou. Tonito acredita na existencia de uma divindade que se manifesta de alguma forma através da ARTE, pois cada artista vive a vida dos outros, como Cristo assumiu os pecados do homem.

domingo, 22 de julho de 2007

Amor-sinfonia

De que serve um amor só de palavras,
de bonito efeito enquanto é feito
nas trevas, escondido.

Quero amor em sol maior,
sinfonia inteira

e o silêncio que se faz depois,
antes do aplauso.

OLHOS DE CADELA (não dá pra não ler)
Ana Mariano
Tenho uma especial coisa pra falar...

sou uma poeta apaixonada por ajudar...
e esta magia da poesia
é um bem imenso que alguém me faz,
me dá forças para continuar,

então, a cada passada que dou pelos livros,
no mínimo uma, vou espiar...
acabo lendo de tudo um pouco
e toda poesia é a essência que me faz...

...ontem li o livro do Tonho França
SINOS DE OUTONO
fiquei de queixo caído,
fazia muito tempo que eu não lia
tanta maravilha
...o trabalho dele é divino...
coisa dos "Deuses"

Apaixonei-me.

Lindo texto,
versos profundos
de uma sensibilidade
muitíssimo sofrida.

Grande abraço ao Tonho França, poeta "dos grandes"


...pra que tenham uma idéia:

"Eu tenho um poeta escondido
dentro do vazio do homem que sou"
precisa dizer mais?
...teve uma vez que mandei um e-mail pro cafèzinho...
dizia assim:

Amigos do cafèzinho,
segunda mandei um mail todo certinho
e fiquei em meu canto com meu radinho
esperado anunciá...
acabou o cafèzinho
e não ouvi ninguém falá
agora, baguncei o texto
e já é quinta, então vô reenviá

sábado tem rock do bom
lá na Vasco, no Music Hall,
é co'a banda ALMA BEAT
que promete um puta som

a consumação é isenta
e seis pilas vai custá
quem gosta de Beatles, Creedence
Pink Floyd, passa lá

tem também Dire Straits
e James Taylor, America
e Eric Clapton bem tocados
pra te alegrá

toma um banho
te apruma
vêm pôr a alma pra dançá
vêm conferir a ALMA BEAT
toda POA vai ta lá!
Sou assim,
uma pessoa estranha

vivo a vida dos outros
por gostar de ajudar

eles, EU AMO,

de mim,
cuido vez em quando...
Sobre o Daniel...

quando li "Mãos de Cavalo" do Daniel Galera, guri que admiro, fiz alguns apontamentos sobre a obra. Curiosidades, coisas que me chamaram a atenção, manias que tenho de anotar o que as coisas me dizem...Quase todos os títulos fazem referência a horários, coisas do Daniel...talvez ele tenha muita afinidade com números já que tem um cuidado em fazer relatos numerológicos aos acontecimentos... A obra, compõe-se de 15 capítulos, sete deles referindo-se aos horários como já mencionei acima...composta de experiências cuidadosamente narradas que envolvem o leitor e o fazem cúmplice de seus sonhos. A história é construída a partir de ações vividas por jovens, suas expectativas, anseios e experimentos quanto as novidades, sexo e drogas. Todo tipo de busca de conhecimentos, afirmação de identidade, preferências, afinidades, crescimento...maturidade. O texto inicia com uma negativa e com linguagem simples descreve as tramas de forma quase afetiva convidando os leitores a partilharem das mesmas emoções e experiências reveladas na obra. Quando li Mãos de Cavalo, percorri com ele, de mãos dadas as estradas que o conduziam a esta busca da relação dos personagens para consigo mesmo. O Daniel é maravilhoso como escritor e certamente tem muito a nos ensinar uma vez que sabe como nos manter a ele, presos. Beijo a este querido parceiro das letras. Que eu possa te ler sempre...e que um dia tenha a oportunidade de te abraçar de coração pelo que és e pelo teu grande talento.

de uma amiga que adora as letras

sexta-feira, 13 de julho de 2007

EXTRAORDINÁRIOS AMIGOS

Estava uma noite linda. Estrelada. A lua espiava branquinha, branquinha, parecia ter sido lavada. Era setembro. Início de primavera. Nessas noites não havia quem ficasse em casa. Já passavam das dez quando resolvi sair. Queria algo bom pro coração. Mesmo cansada, mesmo morrendo, jamais deixaria de prestigiar meus amigos que estariam se apresentando logo mais em um Pub pertinho de casa. Vê-los sempre valia a pena. Ao chegar ao local estranhei o fato de não haver ninguém. Pensei ter trocado a data, confundido o dia, sei lá, mas a verdade é que só estavam presentes os funcionários do Pub. Nem um de meus amigos estava por lá. De qualquer forma minha alegria e expectativas eram sempre grandes por tratar-se deles, sempre deles. De minha querida banda. Pensei, o pessoal se quiser que vá chegando, nem tô, não eram eles que me importavam. Escolhi a mesa mais próxima do palco pois o que me fazia imensamente feliz era neles ficar colada. Fiquei dando uma espiada no cardápio, curtindo um sonzinho ambiental. Pedi uma coca e fiquei ali sentada. Aos poucos as mesas foram sendo ocupadas. Um casalzinho aqui, um grupo de amigos ali, e a noite prometia pensei empolgada. Já passavam das dez e meia quando meus amigos chegaram. Sempre gentis e atenciosos dirigiram-se a mim com um super sorriso estampado. Eu, tentava registrar tudo, fotografava(sem recursos, diga-se de passagem), guardava falas, atitudes, momentos para depois narrar em minhas histórias. Gravava sempre as apresentações, como se precisasse...o que ouço fica a me dizer pra sempre...Foi neste processo que passei a me sentir uma deles. Pensávamos igualmente. Eram minha outra família. Eu os vi crescer, melhorarem a cada dia. Interagia com eles. Dava dicas e sugestões e sempre tive meus pareceres muito considerados. Certa vez, acredito que deva ter sido em uma apresentação no mês de julho, a sonzeira rolava legal quando de repente em plena apresentação um dos cabos de som começou a soltar faíscas deixando o pessoal no maior pânico. Tudo, por ele, foi prontamente controlado. O forte cheiro de queimado espalhado no bar ficou um bom tempo impregnado. É claro que com toda a classe e imenso domínio da situação, ele, transformou o incidente em piada. Disse tratar-se de "excesso de energia". Foi um susto mas são fogos passados. o show seguiu em seu melhor estilo com aquele carisma carregado de simplicidade comovente e era justamente esta performance que os fazia grandes. Grandiosamente diferentes. Aos meus olhos, sempre. Não havia ali esnobismos, estrelismos, nem a menor intenção de exibimentos, mas sim, alegria de corações. A mesma cinergia que pulsava com o meu. Quando tratamos de coisas do coração, os fatos ficam inevitavelmente marcantes. Tornam-se acontecimentos e eles por muito tempo foram e sempre serão maravilhosos acontecimentos em mim. Sempre foram bons. Pode me contrariar se quiser, dizer que é exagero...que é apego, não importa, o fato é que eles conseguiam magnificamente transformar o comum no extraordinário, difícil descrever, coisas de coração. Equilíbrio de interpretações, cuidado em atitudes, seriedade nas apresentações. Tô conseguindo passar isso a vocês? Hum, inda bem. O que quero dizer ainda nesses finalmentes é que tenho uma doença bem grave: Sou viciada em coisa boa e nisso meus amigos são inigualáveis.
Criação

Diz-me Deus
onde coloco meus sonhos
disciplino meus carinhos
guardo minhas lágrimas?

onde descarrego minha obra
escoo minhas dores
minhas "águasmágoas"?

seriam meus poemas delitos
em que versos lamentáveis
expuseram minha alma?

quiçá seja só minha esta comoção
quiçá destina-se a estender-se entre id e ego
entre este eu dramatizado que me assola?

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Copidesque

Consolou-se como pôde. Nunca porém imaginaria que tudo fora cuidadosamente planejado. É claro que este tudo ficará para sempre em sua memória. Já havia acostumado a ocultar de todos seus olhos cheios d'água. Quantas vezes esvaziara-os? Quantas vezes deixou de sair, quantas não comeu tentando esquecê-lo? Desejou reter as horas naquela hora. Queria engolir aquelas mesmas horas que a consumiam em depressão. Que culpa tinha seu estômago com a história? Foram seu olhos que sentiram, sua alma que guardou na memória. Por que seu cérebro ineficiente daquilo não se livrara? Seus sintomas não amadureceram. Seu sentir se estagnara. Martelava-lhe a cabeça toda aquela encenação - ser enganada...maquiavam o rosto para apertar-lhe a mão. Seguiu a passos certeiros buscando outra dimensão. Passou tempos fora de si. Começou a monitorar seus atos, o pulsar de seu coração. A maldade do tempo fatigava-lhe. A seu modo e com sua exclusiva ajuda trabalhou energias e acabou por descobrir que para escrever um texto assim bastava ter um pouco de imaginação.
Abordado

Mãos ao alto!
Não se mexa!
P a r a l i s a d o - t o m a d o
de assalto
estava
o poema

sábado, 21 de abril de 2007

Para andar,
há mulheres
que precisam de homens
como muletas
assim como há homens
que para tornarem-se homens
usam mulheres
como bengalas

sábado, 31 de março de 2007

Quando traçamos o caminho inverso
onde colocamos os versos?
podemos guardá-los
nos passos do tempo?
ou os deixamos na
metade de nós?