sábado, 29 de janeiro de 2011

Se o padeiro não acordar às 4:00h para suar,
você ficará sem o seu pãozinho.
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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Date: Sat, 22 Mar 2008 22:11:01

Texto escrito a partir de crônica lida hoje na ZH à pág. 47.

Amigo Paulo Santana,

nem lembro quando foi que nos conhecemos mas isso não tem a
menor importância agora, o que quero dizer-te é que há alguns
"escribas" com os quais me afino, entendes? Hum, sei que este pessoal
das letras, das artes, geralmente frequenta os mesmos lugares, possuem
hábitos parecidos, preferências. Uma vez comentei trocando e-mail com
um amigo que neste campo da escrita, nos lemos e indicamos os que nos
tocam, trocamos informações e gostos, e, às vezes, mesmo levados pela
curiosidade procuramos saber dos que nos são indicados se estes não
fazem parte do nosso seleto prazer de exigências. Ficamos deste modo
TODOS ao mesmo tempo. Ficamos um pouco de cada. Todos nos parecemos.
Claro, a coisa é simples. Quando nascemos, somos orientados por nossos
pais que já nos passam um pouco de seus gostos, hábitos, de seus
valores. Depois caimos nas mãos de nossos professores que em um
vastíssimo mundo de conhecimentos nos dão diretrizes indicando-nos
caminhos e, sabedores de nós, já nos empurram para nossas aptidões,
nossos dons, nossas tendências. Aí, vamos nos formando, nos
construindo pela orientação de outros. Procuramos nossa tribo. Nos
encantamos. Às vezes, muitas coisas que nos indicam, descartamos. Nem
sempre fazemos o certo, em alguns casos nos arrependemos. Faz parte de
nossas escolhas. Se as coisas são assim, é porque assim são, certo?
Baseados nestes termos, nossa alma cria suas próprias opções para
pôr-se em festa. Segue infinitamente suas preferências. Vai atrás.
Felizes os que podem fazer o que gostam. Felizes os que tem
facilidades, dons. Felizes os que são estimulados e melhor ainda os
que conquistam com sua arte e talento. Felizes os escritores que
possuem reconhecimento. Eles possuem uma importante missão. São
mensageiros e muitos nem sabem do tamanho de seu valor. Aliás, peco em
excluir aqui outros artistas mas meu enfoque restringe-se aos que me
são muitíssimo caros e próximos, independente de profissões, linhas,
ocupação ou escolas. Amo-os sem distinções. Homens e mulheres que
através das letras comunicam-se em uma multidão de infinitos meios.
Deuses. maravilhosos mensageiros. Claro, nem é preciso enfatizar que
afino-me com os bons. Sim porque não há nada pior que ler o que não
devemos, entende? Estes que escrevem para educar, para alertar, para
conduzir nossa alma e fazê-la diariamente leve e dançante, estes sim
eu leio.Mas nem tudo são flores, e, às vezes é necessário conduzir
nossos olhos por linhas não tão contentes. Prazeroso mesmo é saber que
ao lermos o que gostamos e principalmente os que gostamos, nos
sentimos contentes. Suspiramos. É como se ficássemos satisfeitos,
mesmo não interferindo em nada, com sua capacidade de expressão, seu
imenso talento. É como se o abraçássemos ou lhe déssemos um sincero
aperto de mãos. Que coisa, não. Linda sua maestria na condução das
letras. É por isso que admiro tanto os que escrevem, os que lêem. Há
nas letras um divino mundo de amores e quando estas nos chegam, temos
então a certeza que amigos estão alí colocados para brilhar nossos
olhos. Não é de hoje que te leio. Modestamente escrevendo, foste o
premiado. Sabes quantos amigos gostariam de receber este e-mail?

Grande abraço,