Se o padeiro não acordar às 4:00h para suar, você ficará sem o seu pãozinho. VALORIZE -O
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Date: Sat, 22 Mar 2008 22:11:01
Texto escrito a partir de crônica lida hoje na ZH à pág. 47.
Amigo Paulo Santana,
nem lembro quando foi que nos conhecemos mas isso não tem a menor importância agora, o que quero dizer-te é que há alguns "escribas" com os quais me afino, entendes? Hum, sei que este pessoal das letras, das artes, geralmente frequenta os mesmos lugares, possuem hábitos parecidos, preferências. Uma vez comentei trocando e-mail com um amigo que neste campo da escrita, nos lemos e indicamos os que nos tocam, trocamos informações e gostos, e, às vezes, mesmo levados pela curiosidade procuramos saber dos que nos são indicados se estes não fazem parte do nosso seleto prazer de exigências. Ficamos deste modo TODOS ao mesmo tempo. Ficamos um pouco de cada. Todos nos parecemos. Claro, a coisa é simples. Quando nascemos, somos orientados por nossos pais que já nos passam um pouco de seus gostos, hábitos, de seus valores. Depois caimos nas mãos de nossos professores que em um vastíssimo mundo de conhecimentos nos dão diretrizes indicando-nos caminhos e, sabedores de nós, já nos empurram para nossas aptidões, nossos dons, nossas tendências. Aí, vamos nos formando, nos construindo pela orientação de outros. Procuramos nossa tribo. Nos encantamos. Às vezes, muitas coisas que nos indicam, descartamos. Nem sempre fazemos o certo, em alguns casos nos arrependemos. Faz parte de nossas escolhas. Se as coisas são assim, é porque assim são, certo? Baseados nestes termos, nossa alma cria suas próprias opções para pôr-se em festa. Segue infinitamente suas preferências. Vai atrás. Felizes os que podem fazer o que gostam. Felizes os que tem facilidades, dons. Felizes os que são estimulados e melhor ainda os que conquistam com sua arte e talento. Felizes os escritores que possuem reconhecimento. Eles possuem uma importante missão. São mensageiros e muitos nem sabem do tamanho de seu valor. Aliás, peco em excluir aqui outros artistas mas meu enfoque restringe-se aos que me são muitíssimo caros e próximos, independente de profissões, linhas, ocupação ou escolas. Amo-os sem distinções. Homens e mulheres que através das letras comunicam-se em uma multidão de infinitos meios. Deuses. maravilhosos mensageiros. Claro, nem é preciso enfatizar que afino-me com os bons. Sim porque não há nada pior que ler o que não devemos, entende? Estes que escrevem para educar, para alertar, para conduzir nossa alma e fazê-la diariamente leve e dançante, estes sim eu leio.Mas nem tudo são flores, e, às vezes é necessário conduzir nossos olhos por linhas não tão contentes. Prazeroso mesmo é saber que ao lermos o que gostamos e principalmente os que gostamos, nos sentimos contentes. Suspiramos. É como se ficássemos satisfeitos, mesmo não interferindo em nada, com sua capacidade de expressão, seu imenso talento. É como se o abraçássemos ou lhe déssemos um sincero aperto de mãos. Que coisa, não. Linda sua maestria na condução das letras. É por isso que admiro tanto os que escrevem, os que lêem. Há nas letras um divino mundo de amores e quando estas nos chegam, temos então a certeza que amigos estão alí colocados para brilhar nossos olhos. Não é de hoje que te leio. Modestamente escrevendo, foste o premiado. Sabes quantos amigos gostariam de receber este e-mail?