sábado, 29 de dezembro de 2007

Mafuá do Malungo

Temístocles
A aranha morde. A graça arranha
e vale o gládio nu de Têmis.
Logo se vê que tu não temes,
Temístocles da Graça Aranha.

Manuel Bandeira



pensei um dia
escrever versos no toldo
armado das tartarugas
como meio de
um possível meio
de incentivar a arte
a seguir em frente,
pintaria de muitas cores
a composição de todas as letras
no caminho,
traçaria linhas de sonhos
pulverizando as ruas desertas
os versos,
pulsariam a cada
temeroso passo
talvez ficassem contentes
as fadas que por ali
len
ta
men
te
passassem

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Que eu possa fazer o que optei, sem interferências, sem invejas, sem falsidades. Que eu sirva de inspiração aos meus inimigos, para que sigam suas buscas em seus caminhos pela paz. Que em mim, busquem a alegria, o brilho, a coragem e o incentivo sem absolutamente NADA pedir. Que aqueles que fizeram algum mal para prejudicar-me, saibam que há muito já os perdoei e que diariamente rezo por eles. Que meus irmãos nunca esqueçam que devemos SEMPRE contribuir para seu crescimento, sem maldade, raiva, vingança, dor, inveja ou ressentimentos. Precisando de minha simples amizade, contribua para merecê-la, respeitando-me. Somente assim seremos todos menos "desgraçados". Obrigada por me ler.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Para Heloisa Buarque de Hollanda, é impossível pensar a produção cultural neste início de século sem analisar as novas articulações da cultura com a economia e com a questão social. Para ela, é urgente a necessidade de se buscar novos paradigmas para pensar a cultura, criando instrumentos para renovar os métodos de avaliação crítica. "Por toda parte, emergem novos territórios culturais, diversas dinâmicas de criação. Isso sinaliza uma alteração na função social da arte e a definitiva entrada da produção cultural no mercado. É preciso examinar estes fenômenos como geradores de emprego, de inclusão social e relacionados às questões da cidadania, por exemplo".

Há que se repensar na relação entre as atividades artísticas e a nova realidade econômica e social deste século.

Fonte: Site Portal Literal - Especial: Um olhar diferenciado sobre a Literatura -Cultura e Desenvolvimento em Debate/ Elisabeth Sucupira
"Leio muita POESIA porque me abastece pelo aspecto musical. Poesia é a palavra em estado musical. Escrevo ficção assim, são pulsões rítmicas. Não sou um narrador propriamente dito, sou um autor que vive o corpo-a-corpo com a cidade".

Trechos da entrevista a Caren Mello do escritor João Noll - Literatura como Salvação - Revista Arquipélago nº 2 / IEL

...a minha ética está em me sentir responsável por estes seres que eu emito no papel...

Noll declara ainda:" O que todos querem eu também quero".
Ficcionista, descreve-se como um sujeito comum. Sua narrativa baseia-se em conflitos internos e frustrações humanas.

"Os autores que me interessam não são esses que exigem sem serem chatos"

A LITERATURA consome muito tempo mas o importante é "estar sozinho mas muito aberto para novos fluídos". Ela é um pouco de fazer a transcendência ser extraída da própria materialidade.

...solitário, possuidor de um lado muito jovem, sente falta do "movimento social"




sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Para um bom início...
Escritor, Poeta paranaense Jamil Snege
"O poeta que humanizava seu texto neutralizando as arrogâncias"

Senhor, as reflexões-orações
(na véspera da nova década)

Hoje amanheci insatisfeito.
O pão estava amargo
E até o jornal que leio todos os dias
me pareceu de uma insipidez atroz.
De repente, Senhor, lembrei-me
dos que não lêem jornais - mas
o usam para embrulhar
restos de pão que os paladares amargos
deixam no prato após uma noite insatisfeita.
Como deve ser delicioso
esse pão, Senhor,
depois que tu o adoças com sua própria boca!

"Sou influenciado por aquilo que inventei"
Jamil Snege

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Só fica de pé
quem tem coragem
de ficar de joelhos!
Hoje, faz 2 anos que nos deixou PAULO HECKER

em matéria do jornal VAIA - dezembro de 2005 - escrita por SIDNEI SCHNEIDER, registro aqui uma feliz passagem...

"...não há modo, de escrevendo, alguém passar pelo que não é, já que escrever revela o autor para si mesmo"...

Linda matéria do SIDNEI, grande beijo ao HECKER

VIVA AO VAIA!

domingo, 9 de dezembro de 2007

De: EL DISCRETO - Baltasar Gracián (amplamente criticado/admirado por J. L. Borges):
"quando escrevemos, o importante é pensar no destinatário, pois num banquete, é necessário satisfazer o gosto dos convidados, não dos cozinheiros".

...comparando a erudição do séc. XVII com a situação retórica de hoje, podemos dizer que não há fast-food em textos de intenção persuasiva, cada prato deve ser preparado à vista do freguês, com os ingredientes do momento!
do livro: Português para Convencer
Túlio Martins e Claudio Moreno - Ática Editora

"Moramos numa ilhota de grata ignorância, circundados pelas negras águas do infinito, e não nos está predestinado empreender longas travessias".
H. P. Lovecraft
Para mim,
nada é mais importante
que estar na presença de verdadeiros amigos
que influenciando-me
impulsionam-me a crescer.
O resto é pura sobrevivência!
Maira Knop

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007


"Eu acho
que os jovens
são facilmente infelizes
porque,
é claro,
as paixões são mais fortes e,
entre as paixões,
está
o
desespero,
não
é
? "
Jorge Luis Borges

sábado, 1 de dezembro de 2007

à noite
cheiro de queimada
incenso da madrugada

Maira Knop
Receita light
duas colheres
de pó de arroz

Maira Knop
as pálpebras da noite
fecham-se
sem ruído

Rogério Martins
A poesia é algo tão íntimo que não pode ser definida. Jorge Luis Borges
A poesia é algo tão íntimo quanto suas partes.
Maira Knop
Parece-me fácil viver
sem Ódio,
coisa que nunca senti,
mas viver
sem Amor
acho impossível
Jorge Luis Borges
DIGESTIVO CULTURAL
ENTREVISTAS
Segunda-feira, 5/11/2007
Diogo Mainardi por Julio Daio Borges

'O Nélson Rodrigues dizia que todo escritor se falsifica ao infinito...???? Será?'