terça-feira, 26 de agosto de 2008

23
Por Maira Knop

Machado de Assis, fundador da Academia Brasileira de Letras e seu primeiro presidente escolheu como patrono José de Alencar para ocupar a cadeira 23. Jorge Amado a herdou à Zélia, última ocupante que deixou vaga para que em disputa acirrada a conquistasse, LUIZ PAULO HORTA. O vencedor, é jornalista e crítico musical. Será ele quem irá receber a partir de agora, além de prestígio, é claro, salário de R$ 15 mil mensais acrescidos de R$ 1.500 por cada reunião em que se fizer presente. A disputa aconteceu entre 18 candidatos, incluíndo, Ziraldo, um dos favoritos, que somente foi vencido em um último escrutínio. Foram três rodadas, onde vence quem consegue 20 votos. E são secretas, óbvio. Luiz Paulo venceu nas 3. O placar confirmou o registro que não deixa dúvidas aos concorrentes. 12, 15 e 23 votos em cada particular rodada. Crítico musical do O Globo, onde permanece até hoje, é autor dos livros Caderno de Música, Dicionário de Música Zahar, Guia de Música Clássica em CD, Sete Noites com os Clássicos, Villa-Lobos, uma Introdução, além de participação na edição do Dicionário Grove de Música. Desejamos ao novo imortal que o número 23 lhe traga sorte, e que o assento movimente tudo que é importante no fazer de nossa história. Parabéns Horta. Sabemos que além da tua competência e talento, a música certamente também está por trás disto.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

22º SALÃO NACIONAL DE POESIA PSIU POÉTICO –
LINGUAGEM POÉTICA NO SÉCULO XXI



O Salão Nacional de Poesia Psiu Poético, em sua 22ª edição, é uma realização da Prefeitura de Montes Claros, através da Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com a Universidade Estadual Montes Claros (UNIMONTES). Em 2008, o evento está trabalhando o tema LINGUAGEM POÉTICA NO SÉCULO XXI, com o intuito de confluir para Montes Claros/MG a maior diversidades de novas experimentações em torno da linguagem poética na atualidade. Com ênfase a essa linha temática, o Salão pretende, não restringir a participação e criação dos poetas participantes às vanguardas inquietas que vem se manifestando nas últimas décadas, mas estar recebendo, como já é do feitio do projeto, as diversas manifestações que tem a poesia como referência.

Segundo o coordenador do projeto, o poeta e agitador cultural Aroldo Pereira, o destaque "será, naturalmente, às experimentações mais radicais com a poesia – tanto no trabalho de poetas brasileiros quanto estrangeiros". Para ele, a poesia não tem fronteira, e, em Montes Claros, no período de 04 a 12 de Outubro, "queremos contar com a presença do maior número de participantes que tenham a poesia como língua – a experimentação no campo dessa linguagem, como instrumento de expressão e interação humana".

As inscrições estarão abertas de 1º de Julho a 29 de Agosto, em Montes Claros/MG, no Centro Cultural Hermes de Paula – localizado na Pça. Dr. Chaves, 32, Centro - Montes Claros/MG. Os interessados poderão inscrever de 01 (um) a 03 (três) poemas, digitados ou trabalhados de forma artesanal, enfatizando o conteúdo do poema. Ainda serão recebidas proposta de instalações de poesia visual e arte-postal, além de performances, recitais, esquetes teatrais, intervenções, palestras, debates, vídeos, músicas, danças, pocket show, lançamento de livros, CDs e demais manifestações culturais, poderão se inscrever, ressaltando que os trabalhos precisam ter a poesia como suporte. Nessas últimas categorias, será inscrito apenas um trabalho por participante - mais informações no REGULAMENTO DO 22º SALÃO NACIONAL DE POESIA PSIU POÉTICO – no sítio
www.psiupoetico.com.br.
Ao longo de mais de duas décadas de existência o evento já recebeu poetas do quilate de Alice Ruiz, Leila Míccolis, Wally Salomão, Sylvio Back, Guido Bilharinho, Thiago de Mello, Arnaldo Antunes, Jorge Mautner, Jorge Salomão, Alice Massa, Alzira Espíndola, Mirna Mendes, Karla Campos, Dóris Araújo, Thaise Diaz, Estrela Leminski, Gabriel Cardoso, Wagner Rocha, Anelito de Oliveira, Nicolas Behr, Makely Ka, Marcelo Dolabela, Guilherme Mansur, Adão Ventura, Yeda Prates Bernis, Fernando Aguiar, entre outros, e pretende, em 2008, abrir cada vez mais esse leque para novas invenções e inquietações. Além disso, todo ano o Psiu Poético escolhe uma música que será o tema de sua edição, e neste ano a escolhida para foi Rockatopear, da grupo montes-clarense Ruído Jack.

Mais informações: [038]3229-3456 - 3457 - 3458 - 9112-7011
Ou
psiupoetico@gmail.com/ aroldopereirapoeta@yahoo.com.br
Ronald comanda Mafuá de Malungo - por Maira Knop

Livrarias são espaços especialmente interessantes. Há quem os considere um mundo à parte. Nesses locais, encontramos muita informação, registros excêntricos, exposições; nos atualizamos, compramos livros, CDs, trocamos idéias, encontramos amigos, interagimos e aprendemos. As Livrarias, hoje, são imensamente mais do que lugares aos quais nos dirigimos apenas para aquisições. São espaços destinados também a oportunizar o falar entre as artes. E é nesse clima de troca e aprendizagem que acontecem encontros mensais do Projeto MAFUÁ DE MALUNGO, concebido por Ronald Augusto e destinado a receber na PALAVRARIA para um bate-papo e apresentação de suas obras alguns dos tantos artistas porto-alegrenses. Nesta quarta, 09 de julho, Ronald recebeu o poeta José Eduardo Degrazia. Conversou-se muito sobre Poesia, suas funções, formas, estrutura. Diferentemente de outros discursos como a filosofia, a religião e a política, a poesia é o único questionamento que não nos oferece respostas. Comentou-se sobre o fazer poesia. Suas idas e vindas na ponte do consciente/emoção, sobre alguns grupos de vanguarda que trabalham o poema transitando a forma do emocional. Quanto ao lirismo e a metalinguagem do fazer poético, Ronald perguntou à Degrazia se neste processo acentuava-se sua angústia ou alegria, sendo a segunda opção a escolha do caminho para a composição de seus versos. Enfatizou também que as novas situações recriadas é que permanecem e que muitas vezes, ao serem argüidos sobre as influências de outros poetas em seus trabalhos, vários poetas confessavam não ler outros para não sofrerem interferências. Ora, alguém que não lê, não escreve, ressalta Degrazia. Quanto mais leitura, maior o campo de possibilidades. Um poeta não deve nunca manter-se na linearidade. Durante o papo, fez-se algumas considerações sobre a questão filósofos x poetas, o dizer indizível, os incômodos que nos provoca a poesia. Da conversa inicial, já fica visível a necessidade que deve ter todo poeta em manter seu discurso sempre aberto, porque os filósofos, grandes construidores do mundo, possuem uma visão sistemática deste, ao passo que o poeta possui na construção de seu olhar uma “clareira” que torna seu olhar especial. O filósofo pensa a palavra/linguagem, enquanto o poeta se utiliza desses recursos para criar a plástica do poema. Quando se conversou sobre as maneiras de se comercializar a poesia, por ser ela a última fronteira da arte, houve entre os presentes quem afirmasse que poesia se vende sim, mais lentamente mas se vende. Houve quem concordasse com o fato de a poesia ser comercializada como uma outra arte qualquer. José Antônio Silva, presente no encontro, reivindicou pensão aos poetas, trabalho ainda hoje pouco reconhecido e valorizado. Sobre a questão, Ronald disse que a poesia necessita de um tempo de maturação e continua sendo a única forma de arte não absorvida pelo consumismo. Todo poeta possui estilo. Alguns, vários. Esta capacidade de expressar-se através da linguagem deve sim ser comercializada. É uma forma de valorizar o trabalho do artista que usa a palavra como matéria prima. Dentro de seu espaço de criação, faz da palavra material de transformação. Como artista, molda a palavra em sua própria plástica e este trabalho ainda é ignorado por muitos, apesar de estar sendo trabalhada a questão do incentivo à leitura, com projetos como o adote um escritor e outros. Degrazia acha que a poesia quando remetida ao seu lado lúdico, passa a ser desmistificada e melhor aceita pelo público leitor. Cita o exemplo de Lígia Averbuck, hoje Fundação, como especial pioneira no assunto. Comenta ainda a falta de uma política cultural específica principalmente nos bairros e pequenas cidades. Estas medidas devem ser cada vez mais incentivadas pelo estado – concluiu. Alexandre Brito, poeta, músico e integrante do grupo Os PoETs, conta do trabalho que está sendo feito em Cachoeirinha para uma maior educação quanto ao hábito da leitura, onde são feitos encontros entre escritores/poetas e professores/bibliotecários/comunidade. De posse do material do artista, estes educadores dispõe de um prazo de três meses para trabalhar os livros junto aos seus públicos. Após este primeiro contato são promovidos então novos encontros, agora entre alunos e escritores para uma interação mais próxima e marcante. Cecília, outra interessada ouvinte do encontro, disse que ofereceu livros a algumas crianças pedintes e que muitos outros seguiram seu exemplo comprovando que o importante é fazer. É alguém começar. As perguntas tiveram que ser moderadas por falta de tempo. O assunto é vasto e o interesse, grande. O evento teve ainda a leitura de poemas, entre eles, “Mulheres”, influenciado pelas vivências nos campos do interior de Itaqui e Santa Maria, cidades onde viveu Degrazia. Complementou confessando-se satisfeito quando na internet encontrava trabalhos seus em sites e blogs de admiradores da poesia. Para o encerramento, não podia faltar a boa música bem interpretada pelo Vítor Flores.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Para quebranto:

Tomei chá de quebra-pedra
e tornei-me uma água-mairinha


- o bom humor tranquiliza o dia

terça-feira, 12 de agosto de 2008

À escuta da alma:
Que cada um cumpra o dom que misteriosamente lhe é reservado, em respeito a si mesmo, ao outro e aos seus antepassados.
Ernesto Sabato(A Resistência) - Revista NORTE - Agosto 2008

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Sou um eterno aprendiz. O poeta que descobre uma fórmula, ganha renome, não quer outra vida, e fica conversando com os amigos sentado em cima do muro sem se espetar... esse está perdido; porque eu acho que a poesia não é mais do que a procura da poesia, como também acho que Deus se resume na procura de Deus.
Mário Quintana

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O AMOR exercita nossa inteligência.
É como um tapete que fixa e enfeita de flores nosso perfume.
É o que nos dá PAZ, acalmando o mar e silenciando o vento.
O AMOR é o que dá sono à dor. Amemos então...

domingo, 3 de agosto de 2008

Fiz um pacto com meus sentidos.
Todos eles.
Jurei que não faria mais parcerias
enquanto o sexto estivesse de férias.