terça-feira, 13 de novembro de 2007

Jayme Copstein – Coletiva Net

Um pouco da Feira do Livro...

...e aí fica a sugestão à Câmara Rio-Grandense do Livro: cursos para livreiros, com a colaboração do Sebrae, não só sazonalmente para a Feira, mas em caráter permanente.

Com exceção da Cultura, de livreiros mais antigos e de alguns jovens antiquários, o panorama é desolador.

Mesmo incluindo outras grandes redes nacionais, os atendentes não fazem questão de demonstrar que sabem a diferença entre um livro e uma cueca.

O presidente da Câmara, Waldir da Silveira, e o vice, Tuchaua Pereira Rodrigues, são dois gentlemen, tanto quanto o foram os pioneiros daquela “feirinha” de 1955.
Seu amor pelos livros é patrimônio pessoal. O de Waldir, adquirido em longo aprendizado, pois ingressou na área ainda praticamente um menino. O de Tuchaua é o DNA do pai livreiro.

A diferença entre 1955 e 2007 é de proporções.

O Edegardo Xavier e o Manoel Martins (os dois podem testemunhar), Ernani Nerva, Mário Lima, Maurício Rosenblatt, Leopoldo e Nelson Böck e mais Sétimo Luizelli só tinham as suas próprias barracas para cuidar. Havia apenas meia dúzia de jornalistas a atender e sabiam quem eram e a quais veículos pertenciam. Os jornais já eram poucos, não havia cobertura das emissoras de rádio e a tevê sequer existia em Porto Alegre.

Hoje, as 160 barracas se distribuem por área superior a vários estádios de futebol. Contados desde os montadores da estrutura aos autores em sessões de autógrafos e palestrantes em mesas redondas, Waldir e Tuchaua precisam dar atenção ao trabalho de mais de duas mil pessoas (o equivalente à população de muitos municípios brasileiros), a maior parte das quais faz sua estréia na Feira a cada realização.

Há equívocos de logística,

...escritores reclamam perdido, quando o palanque de autógrafos, foi deslocado do centro da Praça da Alfândega, porque ali já não comportava mais o crescimento do número de autores que lançam seus livros na Feira. (inda bem)

O único conflito, se é que se pode chamar assim, sequer é material.

Fermenta-se na grosseria de alguns, diante da reivindicação dos escritores, para que lhes seja devolvido o espaço...

#@#@#@#@#@#@#@#@#@#@#@#@#@#@#@

...o velho problema da falta de compreensão e sensibilidade...
quando houver uma sinergia, uma perfeita forma humana de comunicação entre as partes, aí sim, iremos realmente pra frente em termos de aperfeiçoamento...
quando será que haverá esta sintonia de interesses? Quando será que ambas as partes de um processo sentir-se-ão plenamente satisfeitas? Quando será que as pessoas aprenderão como devem negociar humanamente? Quando estaremos satisfeitos?

Sob outro aspecto, fica aí a sugestão de leitura:
A FEIRA DA GENTE – Walter Galvani
Belíssimo livro editado pela Câmara Rio-Grandense do Livro
50 anos de história e magia da Feira...

Parabéns Galvani pelo maravilhoso presente que ofertastes ao povo gaúcho!
Admirável Paixão!

Nenhum comentário: