Outro dos bons que circula por aí...
Verso Por Minhas Portas
Aline me dá aulas da anatomia dos fêmures da alma: pantomima de lêmures.
Morfina do Efêmero: sozinho em Paris o Sena geme.
E abandona a volta ao mundo Julio Verne.
Ah! te amo tanto! Um átimo é pouco: Amo-te de menos a mais infinito.
Talvez te encantar seja o meu único oficio.
Tem vez que te encontrar é tão difícil...
Quem tem sangue fenício não fenece.
Quem ama, por princípio não tem pressa.
Quem chegou ao precipício faz a prece.
No aconchego do presépio, a voz dos pregos vou calar.
No lugar dos espinhos, um colar: de lírios, de lírios.
Corre em minha espinhal medula um calafrio morno, febril.
Espiritual quando cruza minha avenida radial
o elegante passo da musa.
Ricardo Rodrigues Jesus
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