domingo, 29 de junho de 2008

Outro dos bons que circula por aí...

Verso Por Minhas Portas

Aline me dá aulas da anatomia dos fêmures da alma: pantomima de lêmures.

Morfina do Efêmero: sozinho em Paris o Sena geme.
E abandona a volta ao mundo Julio Verne.
Ah! te amo tanto! Um átimo é pouco: Amo-te de menos a mais infinito.

Talvez te encantar seja o meu único oficio.
Tem vez que te encontrar é tão difícil...
Quem tem sangue fenício não fenece.

Quem ama, por princípio não tem pressa.
Quem chegou ao precipício faz a prece.
No aconchego do presépio, a voz dos pregos vou calar.
No lugar dos espinhos, um colar: de lírios, de lírios.
Corre em minha espinhal medula um calafrio morno, febril.

Espiritual quando cruza minha avenida radial
o elegante passo da musa.

Ricardo Rodrigues Jesus

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