terça-feira, 22 de abril de 2008

Não acredito em inspiração. Acho bacana quem acredita. No meu caso, não tem nada a ver com a inspiração. Sento para trabalhar e considero a literatura trabalho. Posso ficar dez horas em cima de um texto e amanhã jogar fora, mas vou lá novamente e tento me satisfazer com aquilo. Sou o meu primeiro leitor e quem deve ser agradado sou eu. Não tem o leitor ideal, não penso em crítica, em mercado, no meu editor, em ninguém. A única obrigação do escritor é consigo mesmo. A única pessoa que ele tem que agradar é ele mesmo e isso é difícil, porque em algum momento você tenta escrever o livro que gostaria de ler.

Marçal de Aquino

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