quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Sobre Tetê Espíndola & Carlos Navas - Verão Santander Cultural - 09.01.2008
Visitantes alados

Uma noite quente. Uma quarta-feira de infinito alcance. Sete e quinze chegam e já tomam o palco sorrindo. Expressivos, carismáticos vão logo batizando o espaço. Tetê Espíndola e Carlos Navas com meiguice e dengos mostram para que vieram. Entre um gole d'água e outro, acompanhados pelo violão de Ronaldo e percurssão de Leandro vão intercalando graça e talento. Tetê não deixa por menos, descontraída e muitos à vontade, cada vez que desloca-se no palco agita o vestido, fixando-o entre as pernas ao sentar-se para tocar sua craviola. Num dos goles aproveitou-se do excesso d'água e distribui sorrisos pra todos os santos. Um grande momento onde a sonoridade vogal da dupla torna-se inenarrável. Além dos santos e aves presentes reverenciam Vinícius, Vitor Ramil e Itamar Assumpção interagindo constantemente com o grande público. Falam de seus trabalhos, seus CDs, suas experiências. Interpretam Amor de Graça, Índia, Na Arca de Noé, fazem algumas releituras e o show atinge seu ápice quando chamam ao palco a cantora gaúcha Lúcia Helena que na companhia de ambos interpreta divinamente Quando o samba acabou gravado por Mário Reis. Ao longo do espetáculo, Tetê convida o público a cantar imitando o som de aves transformando o show em uma expressiva selva sonoros saudando todos os pássaros. No bis, ninguém menos que Escrito nas Estrelas. A apresentação teve seu fecho com a platéia em pé aplaudindo incessantemente o brilho vocal da noite.

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